É um distúrbio do sono caracterizado por sonolência excessiva durante o dia e por frequentes ataques de sono, mesmo quando a pessoa dormiu bem durante a noite. Esses ataques costumam ocorrer repentinamente e a qualquer momento do dia -em consultas médicas, conduzindo, numa conversa entre amigos...
Ao contrário do que muita gente pensa, a narcolepsia não está relacionada à depressão, distúrbios convulsivos, desmaios, preguiça ou pela simples falta de sono durante a noite. Esta é uma doença crónica, para a qual não existe cura, e que pode afectar seriamente a qualidade de vida de quem a tem. Mas felizmente, é perfeitamente tratável e seu principal sintoma - o excesso de sono durante o dia - pode ser controlado por meio de medicamentos e algumas mudanças no estilo de vida.
A sua causa não é conhecida, embora existam especialistas que acreditam que factores hereditários possam estar directamente envolvidos nas causas desta doença.
Acredita-se que seja causada pela perda de um grupo de células localizadas no hipotálamo (localizado no cérbero). Estas células morrem bastante cedo, acabando por não produzir um neurotransmissor chamado hipocretina, responsável por nos manter acordados. Um desequilíbrio, portanto, na quantidade desta substância química pode levar ao aparecimento do sono REM (parte do sono em que ocorrem os sonhos) em horas inadequadas.
No processo natural do sono, uma pessoa passa por todas as primeiras fases antes de entrar no chamado sono REM, que é quando ocorre a maior parte dos sonhos. Uma pessoa com narcolepsia não passa por nenhuma dessas primeiras fases, atingindo o sono REM muito mais rapidamente. Isso pode acontecer tanto à noite como durante o dia.