Saltar para: Posts [1], Pesquisa [2]

Aprender uma coisa nova por dia

Nem sabe o bem que lhe fazia

Saber ler um ovo

Por acaso sabem que se pode ler um ovo?

Eu compro ovos caseiros que vou buscar a pessoas amigas mas, para quem não tem essa sorte, espero que aprendam a ler os ovos e que saibam o que comprar.

Desde há uns anos para cá, que todos os ovos que compramos em supermercados, têm obrigatoriamente um código carimbado em cada um, que funciona como o seu “bilhete de identidade”. Assim, conseguimos saber bastante informação sobre a sua origem e muito importante, a forma como as galinhas foram criadas e aquilo que comeram.

Na natureza as galinhas não comem nem cereais (sim, não comem milho), nem ração. As galinhas saudáveis comem “bicharocos”, ervas e produzem ovos nutricionalmente bem diferentes.

Códigos atribuídos aos ovos:

 O 1º número  corresponde ao “código de criação” e este varia entre o 0-3:

0- Modo Biológico: ovos provenientes de galinhas criadas ao ar livre mas que, beneficiam de uma alimentação maioritariamente da agricultura biológica.

1- Produção ao ar livre: ovos provenientes de galinhas criadas “ao ar livre”. Têm um espaço interior, de condições similares às de “produção em solo” onde pernoitam ou se abrigam, quando o tempo apresenta condições meteorológicas adversas. Mas também têm um espaço exterior, ao ar livre, adaptado às suas necessidades (com uma densidade mínima de 4 m2 por animal, isto é, 40 vezes maior do que no código 2).

2- Produção no solo: ovos provenientes de galinhas encerradas em gaiolas, juntas e num extenso galinheiro. A densidade de galinhas é de aproximadamente 10 animais por metro quadrado e sem possibilidade de sair para o exterior. Neste código e no código 3 o bico das galinhas é cortado, uma vez que a situação de stress fazem-nas ter comportamentos anormais, como atacar outras galinhas ou auto-mutilação.

3 – Sistema de gaiolas convencionais: ovos provenientes de galinhas produzidas em galinheiros, segundo o processo mais comum, mais baratos e menos saudáveis. Este tipo de ovos é produzido por galinhas que passam a vida adulta numa gaiola. As dimensões das gaiolas estão definidas, correspondendo a 550 cm2 por animal. As condições de iluminação são modificadas para criar nas galinhas a ilusão de que há mais horas de sol e, portanto, fazer com que tenham uma maior produtividade.

Os melhores ovos são os das galinhas criadas ao ar livre, que estão no campo, ao sol, comem insectos e plantas, têm uma vida mais saudável e feliz, que as galinhas criadas em gaiolas, de bicos cortados e sem ver o sol. As galinhas “felizes” produzem ovos cujas cascas são mais duras, o interior é mais consistente e denso, sabem melhor, têm menos gorduras saturadas e são mais ricos em vitaminas (A, E e D), proteína, beta-carotenos e omega3. A diferença de preço entre ovos de código 1 ou 0 e ovos de código 2 ou 3 pode ser mais que um euro, para meia dúzia de ovos. Para quem consome ovos todos os dias, este factor é muito relevante e a escolha de ovos (código 0) vale a pena o investimento!

O 2º código, composto por letras, corresponde ao País originário do ovo.

O 3º código diz repeito ao Código da Direção Regional de Agricultura de uma determinada região, a garantir que o produto está aí certificado.

Por último, o 4º código, separado por um travessão, estão três dígitos a identificar o código da exploração.

 

Posto isto, da próxima vez que forem às compras, abram a caixinha dos ovos e não tenham vergona de ler o ovo.

Corantes naturais para colorir ovos da Páscoa

Colorir ovos é uma actividade divertida para as crianças, mas pode ser um desperdício de ovos.

Existem duas alternativas para não desperdiçar o seu conteúdo, a primeira é furar com uma agulha o ovo nas duas extremidades e deixar que o seu conteúdo saia lentamente, desta forma aproveitamos o ovo para o que quisermos e as crianças e adultos podem pintar as cascas à vontade.

Recordo-me de o fazer em casa e depois levar os ovos já vazios para colorir na escola, mas a verdade é que gostava mais dos ovos que coloria com a minha mãe, porque era muito melhor comer os ovos cozidos depois.

Existem corantes naturais à base de amido comestíveis, mas os corantes que encontramos na dispensa são os mais giros e são uma técnica usada pelas nossas avós que devemos preservar.

Colocam-se os ovos a cozer numa panela com água abundante para que não fiquem sobrepostos, junta-se uma colher de vinagre e acrescenta-se o ingrediente que vai colorir os ovos.
Deixa-se ferver em lume brando cerca de 10 minutos. (Depende do tamanho dos ovos).
Para intensificar a cor dos ovos estes devem ficar na água onde foram fervidos e colocados no frigorífico até ao dia seguinte.


Para colorir podem usar os seguintes ingredientes:

Vermelho Claro – Beterraba
Vermelho escuro – Pimentão-doce
Laranja - Cascas de cebola
Amarelo - Açafrão
Amarelo Dourado - Casca de Maçã Amarela
Amarelo Claro - Casca de Laranja, Cenoura ou Cominhos em Pó
Bronze - Café
Verde Claro - Folhas de Espinafre
Azul – Couve Roxa

Os ovos podem apanhar algum sabor dos corantes naturais mas são totalmente comestíveis.

colorir-ovos-da-pascoa-forma-natural-1.jpg

 

Congelar Ovos

 

images.jpg

 

Depois de no Sábado ter feito a receita mais requisitada cá por casa, a Tarte de Nata que só leva gemas achei que podia partilhar esta dica ... várias foram as vezes em que as claras foram para o lixo, porque não ia fazer mais doces naquele momento, até que comecei a congelar e hoje é pratica cá em casa!

 

Congelar Claras:

Para congelar as claras deve separa-las e colocar em recipiente plastico, em covetes (que leva +/- uma clara por quadradinho)

Quando forem necessárias basta deixar descongelar ao natural e podem ser utilizadas.

 

Quanto às gemas, não é frequente congelar, mas fica a dica ...

 

Congelar Gemas:

Para congelar as gemas, o segredo é batê-las bem, acrescentar ½ colher (chá) de sal ou de açúcar e recipiente plástico.

 

ATENÇÃO:

Ovo cru inteiro não pode ser congelado, pois a casca estoura. 

 

O que fazer com as claras congelas?

 

Molotof, Bolo de claras, Farofas, Suspiros ... e tantas outras!

 

 Publicado aqui: Khimera