Feliz Natal!
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Estamos a poucos dias do Natal, ou estaremos apenas a algumas horas? Verdade é que sempre gostei muito do Natal e apesar de não ser grande frequentadora da igreja, gosto de ir à Missa do Galo. É para mim uma missa diferente, com sentido e sinto-me bastante bem nesta missa, com o meu casaco do polo norte e com umas botas bem quentinhas, está claro, se não seria só uma Mula congelada a tentar ouvir uma missa num iglu.
Mas então, e deixemo-nos de conversa fiada, como terá surgido a Missa do Galo?
Atualmente de acordo com as Leis canónicas, no Natal devem ser celebradas quatro missas, também denominadas de vigílias: A vigília noturna, a vigília da meia noite, a vigília da aurora, e a vigília da manhã, mas habitualmente apenas se realizam as vigílias da meia noite (Missa do Galo) e a da manhã. Em poucos espaços religiosos encontramos as quatro missas.
Assim, a Missa do Galo, que representa o nascimento de Cristo, é aquela que ocorre na noite de 24 para 25 de Dezembro - celebrada à hora que se julga ter nascido Cristo - e julga-se que a sua origem data o século V, devido a um galo ter nessa mesma noite cantado pela primeira e única vez, à meia-noite. Não nos esqueçamos que o cantar do galo simboliza, na nossa cultura, o nascer, o novo dia que chega, uma vez que o galo começa a cantar com a primeira luz do dia, e por isso o galo simboliza o nascimento. Assim a Missa do Galo representa o nascimento. Muitos acreditam que a Missa do Galo se deve a São Francisco de Assis, que constituiu o primeiro presépio em 1224 em Greccio, Itália, precedido de uma missa onde os galos cantaram durante a madrugada, no entanto, há escrituras que comprovam que em Roma, na Basílica de Santa Maria Maior, essa missa é celebrada desde o século V, como aqui enunciado.
E quem é que daqui costuma ir à Missa do Galo?
O Natal é, sem dúvida, uma das épocas do ano que mais gosto. O Natal e tudo o que o rodeia. Uma das coisas que não pode faltar lá em casa é o presépio. Resolvi, por isso, hoje, falar-vos nesta tradição que é o único símbolo do Natal verdadeiramente inspirado nos Evangelhos e aceite por todas as religiões cristãs.
Inicialmente, na missa de Natal, aconteciam representações teatrais semi-litúrgicas que, em conjunto com as esculturas e quadros, ensinavam os fiéis sobre o nascimento de Jesus.
Em 1223 terá surgido o primeiro presépio (do lat. Praesepio e do Hebreu Manjedoura/estabulo). Foi montado em argila, por São Francisco de Assis, que, em vez de festejar a noite de Natal na Igreja, como era seu hábito, fê-lo na floresta de Greccio, para onde mandou transportar uma imagem do Menino Jesus, da Virgem Maria e de José, uma manjedoura, um boi e um burro, para melhor explicar o Natal às pessoas comuns, camponeses que não conseguiam entender a história do nascimento de Jesus. Nesse cenário, foi celebrada a Missa de Natal.
O sucesso dessa representação do Presépio foi tanta que rapidamente se estendeu por toda a Itália, e mais tarde por toda a Europa. Primeiro nas casas nobres europeias e, aos poucos, até às casas das classes mais pobres.
Nos presépios tradicionais aparecem apenas as figuras da Sagrada Família (São José, a Virgem Maria e o Menino Jesus), dos pastores e dos Três Reis Magos (para além do Burro e do boi). Mas como os portugueses gostam de ser originais, o nosso presépio tem imensas figuras que não pertencem aos presépios dos outros países e que nem sequer correspondem à época que o presépio representa. É o caso do moleiro e o seu moinho, uma lavadeira, alguns bailarinos de um rancho folclórico, uma mulher com um cântaro na cabeça, uma banda de música, entre muitos outros personagens divertidos e tipicamente portugueses.
Hoje em dia há presépios feitos em todo o tipo de material. Uns mais perecíveis que outros, uns maiores que outros, com figuras feitas em barro, madeira, arame ou plástico. Alguns presépios são tão grandes que estão em exposição o ano todo. Outros cabem quase que na palma de uma mão.
Nesta época do ano as canções de natal ajudam as pessoas a entrar no espírito natalício e a criar um ambiente festivo.
Muitas melodias são adaptadas de outras, de acordo com os seus países, mas todas recordam o nascimento de Jesus.
As primeiras canções de natal tinham um ritmo musical muito simples. só depois é que se começaram a introduzir instrumentos e a diversificar as melodias.
Reza a história que a canção de natal mais antiga é esta:
Iesus Refulsit Omnium (Jesus, luz de todas as nações)
No entanto, a canção de natal mais conhecida de todos os tempos é esta:
Stille nacht, heilige yach (Noite Feliz)
Esta canção de natal, conta já com traduções em mais de 300 idiomas. Foi escrita por um sacerdote austríaco, que ao ver que se tinha estragado o órgão da sua paróquia, compôs este canto para que pudesse ser interpretado com um violão na missa do galo. Estávamos em 1818.
Sabiam que uma das canções mais conhecidas e apreciadas nesta época não foi criada para o nascimento de Jesus mas sim para a festa do Dia da Ação de Graças nos EUA?
Pois é, Jingle Bells, foi escrita em 1857 por James Pierpoint e interpretada por vários cantores como Frank Sinatra, Louis Amstrong e até pelos Beatles.
E agora, carreguem no "play" entrem no espírito natalício:
Entre as várias versões sobre a procedência da árvore de Natal, a maioria delas indicando a Alemanha como país de origem, a mais aceite atribui a novidade ao padre Martinho Lutero (1483-1546), autor da Reforma Protestante do século XVI. Olhando para o céu através de uns pinheiros que cercavam a trilha, viu-o intensamente estrelado parecendo-lhe um colar de diamantes encimando a copa das árvores. Tomado pela beleza daquilo, decidiu arrancar um galho para levar para casa. Lá chegado, entusiasmado, colocou o pequeno pinheiro num vaso com terra e, chamando a esposa e os filhos, decorou-o com pequenas velas acesas afincadas nas pontas dos ramos. De seguida colocou alguns papéis coloridos para enfeitá-lo mais um tanto. Era o que ele vira lá fora. Afastando-se, todos ficaram pasmos ao verem aquela árvore iluminada a quem parecia terem dado vida. Nascia assim a árvore de Natal. Lutero conseguiu, com esta árvore, mostrar às crianças como deveria ser o céu na noite do nascimento de Cristo.
Na Roma Antiga, os Romanos penduravam máscaras de Baco em pinheiros para comemorar uma festa chamada de Saturnália, que coincidia com o nosso Natal.
Update: Por dica de MDJ fiquei a saber que esta tradição germânica veio parar a Portugal por mão do rei-consorte D. Fernando II que veio para o nosso país para casar com a rainha D. Maria II.
Presente na maioria dos lares durante no mês de Dezembro, a grinalda é um dos símbolos natalícios mais famosos. Mas será que todos os que as colocam nas portas, sabem o que ela significa?
A origem da grinalda natalicia, ou coroa de Natal, é anterior ao cristianismo. Ainda na época dos gregos pagãos, elas eram colocadas nas portas de entrada como um “adorno de chamamento” aos deuses, ou seja, um sinal de boas-vindas.
Já na Roma Antiga, um ramo de plantas enrolado no formato de coroa era um voto de saúde. Posicionando-a na porta de casa, significava saúde para todos os habitantes.
Um pouco depois, na Idade Média, a sua relação com o Natal ainda não era muito forte. Também como símbolo de boas-vindas, era exposta na porta dos lares durante o ano inteiro com o brasão familiar. Além disso, ela servia de protecção contra bruxas, demónios e má-sorte.
Carregando sempre positivismo, hoje a grinalda é utilizada como decoração de Natal, representando paz, prosperidade, evolução e recomeço, elas continuam adornando a porta de entrada de lares ao redor do mundo.
Grinalda do Advento - No cristianismo, coroas de flores são usadas para se preparar para o Advento ou a "vinda de Cristo". A coroa do Advento representar a vida eterna, através de Jesus e a forma circular da coroa representa Deus, sem inicio e sem fim.
Coroa de Funeral - O simbolismo de coroas de flores tem sido usada em funerais, pelo menos desde o tempo da Grécia Antiga, para representar também, um círculo de vida eterna.
Publicado aqui: Khimera