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Aprender uma coisa nova por dia

Nem sabe o bem que lhe fazia

Como falar (e escrever) melhor português

Leituras (Imagem Pixabay)

 

Não há instância da nossa vida em que o domínio da língua não seja importante. Dar erros de português provoca doenças? Não. Mas além de, a mim, nalguns casos, provocar ligeiros enfartes do miocárdio (figurados), pode prejudicar-nos no trabalho e na vida pessoal. 
Atire a primeira pedra quem nunca descartou à primeira conversa aquele jeitosão porque ele diz hádes

 

É preciso ver que nem toda a gente chicoteia a língua portuguesa por desprezo puro. Nem todos têm as mesmas oportunidades de formação. E para além disso os calinas das aulas de português do passado, podem arrepender-se no presente. Mais além ainda, há pessoas que geralmente falam e escrevem sem erros, mas continuam a dar alguns por desconhecimento ou desatenção e querem aumentar o seu vocabulário. Eu, por exemplo, tenho uma deficiência grave ao nível do uso de vírgulas e tenho de pensar sempre dez vezes antes de escrever carrocel ou expectativas (e outras onde confundo o uso do o e do u).


Como fazê-lo então? Se o tempo de escola já foi (ou nem foi)?

A solução está numa palavra tão curta, que não há como errar ao escrevê-la: LER!

Ler algo, ler mais, ler melhor.

 

Encontrar o(s) género(s) em que nos sentimos confortáveis – nem que sejam romances de cordel – e aprender durante um momento de lazer, muito naturalmente. Aos poucos, vamos melhorar, mesmo sem a perceção palpável disso. E não quero ouvir ninguém dizer que não gosta de ler. Sobre isso já vos falei.

 

De resto, podem ler o que quiserem, quando quiserem (toda a gente consegue ler uma página e meia que seja antes de fechar os olhos ou à hora de almoço), em papel ou num ecrã, emprestado, vosso, pela web. Tenham uma mínima atenção à fonte: ler determinadas editoras que não reveem as obras que publicam pode resultar mal e muito do que se vê na net (incluindo blogs) está bem escrito como eu bem danço (nada). Na dúvida, sigam sugestões e referências de pessoas em cujo gosto e nível de português confiam. Ou, se quiserem, posso fazer um próximo post sobre isso. 

 

Sigam-me no blog pessoal, no Instagram - @maria_das_palavras e no Facebook aqui. O Aprender também tem página no Facebook: aqui.

As marcas do país trocado

Há marcas que fazem mais ou menos como aqueles casais do bairro da lata que chamam Carminho e José Maria aos filhos. Ou seja, os donos dão-lhes um nome que as fazem parecer uma coisa que não são, para obterem respeito. No caso, para parecer que são doutro local. Doutro país. 
Chama-se a isto, nos meandros do marketing, o foreign branding. Por exemplo, é muito comum que as marcas de cosmética utilizem nome que soam franceses porque lhes reconhecemos autoridade nisso da beleza e da moda, ou que marcas orientais usem nomes ingleses por uma questão de globalização. Eu também devia ter dado um nome francês ao meu blog (se quisesse usar esta técnica) porque é o país de onde saíram mais premiados com o Nobel da Literatura. Estou mesmo a considerar passar a Marie des Mots

Algumas marcas bem conhecidas, pelas quais dávamos uma perninha, batendo com a mão no peito, jurando que são daqui ou dali...não são. Querem jogar às adivinhas? Vamos a isso. 

A galeria de fotos seguinte apresenta-vos a marca e logo a seguir (cliquem na seta) revela o país a que pertence. Depois digam-me nos comentários quantas acertaram (se tiveram de julgar pelo nome, claro).

 

 

 

Como ver mais estatísticas do meu blog?

Depois de ter revelado que tinha chegado ao meu blog alguém com uma pesquisa muito singular. mostrando um pouca da lista que estava a consultar, alguns quiseram saber onde é que eu ia buscar aquela informação tão detalhada.

Ora bem, a maior parte das pessoas tem blog no Sapo, no Blogger ou Wordpress e tem acesso a algumas estatísticas básicas. Mas o nosso amigo Google pode ajudar-nos a obter muito mais informação sobre o nosso blog: o que procura quem nos visita, a que hora do dia chega mais gente ao blog, se vêm do computador ou de um tablet ou telemóvel, que páginas estão a ver em tempo real ou o que escrevem no Google que as faz chegar cá e outras mil e trezentas coisas (assim por alto). Quanto mais à vontade estiverem com a plataforma, mais poderão descobrir sobre o vosso blog, quem chega e como o utiliza e dessa forma tomar ações que o façam crescer ainda mais. 

 

Google Analytics - Como Comear

 

De uma forma bastante simples e resumida, eis o que têm de fazer:

1. Inscrição gratuita no Google Analytics com qualquer conta de email aqui.

2. Criar uma conta Google Analytics para o vosso Blog seguindo os passos de Criar Conta com alguns dados básicos como o nome e URL do blog

3. Colocar o bocadinho de código que o Google vos vai dar no meio do código do vosso blog, de acordo com as instruções da página. No caso do Sapo, colam o código num dos componentes em Template > Layout > Adicionar Componente (copiam para lá o código e) > Guardar

 

O Google demora apenas umas horas para fazer a primeira verificação e a partir desse momento têm estatísticas em tempo real, com toda a informação interligada. Por exemplo, podem ver qual o nº de pessoas que chega ao blog em qualquer período de tempo a partir do motor de pesquisa do próprio Google no relatório Aquisição > Todo o Tráfego > Canais. Os resultados aí indicados como Pesquisa Orgânica são essas pessoas. E, se clicarem nessa linha, ficam a saber que palavras chave usaram (notem que apenas há dados das pessoas que permitem essa recolha de informação pelo browser).

 

Como nem tudo é perfeito também há coisas que não funcionam tão bem. Por exemplo, todos os blogs do Sapo têm domínio sapo.pt e o Google acha que é tudo a mesma coisa, e confunde-os nas estatísticas. Mas OK, dá para ver outras coisas e não dispenso na mesma as estatísticas do Sapinho para complementar a informação. 
Depois é um questão de explorarem, mas notem que o Google além de disponibilizar esta plataforma gratuitamente, ainda é um fofo e disponibiliza tutoriais que vos podem ensinar e esclarecer rapidamente. Podem consultá-los aqui.

Se o assunto vos interessar de vez em quando também posso deixar aqui umas dicas mais específicas acerca dos relatórios que uso mais frequentemente e de algumas funções básicas como mudar o período de visualização dos dados, cruzar dimensões dos mesmos ou criar e medir objetivos. 

Que as estatísticas estejam convosco!

 

Champô Seco - O S.Sebastião dos cabelos oleosos

Mais alguém aqui com cabelos de tendência oleosa? Do género, dois dias sem lavar o cabelo dá para abrir uma destilaria de azeite?
Farta/os de ouvir que para o cabelo ser menos oleoso é preciso lavá-lo menos, mas se não o lavarem sempre nem se sentem bem em sair de casa, porque de manhã para a noite ele já começa a perder volume e parecer escorrido e luzidio (mesmo que ainda só vocês consigam ver aqueles primeiros sinais)?

Não temam, pois vai sair do nevoeiro este conselho precioso: usem champô seco. 

Klorane Champo Seco - Continente

 


O champô seco é basicamente um spray para usarem no cabelo (como se de uma embalagem de laca se tratasse) e que absorve a sujidade do cabelo, deixando limpo e mais volumoso. 

Quando utilizar? Podem usar em caso de SOS; quando já estão atrasado/as para lavar o cabelo e têm mesmo de sair de casa (com bom aspeto, de preferência) ou mesmo mais regularmente, entre lavagens para as espaçar e descansar o couro cabeludo da água e consequente humidade que lhe alimenta a tendência oleosa - e parece que ainda ajuda à nutrição do cabelo porque deixamos atuar por mais tempos os óleos naturais que o nosso couro cabeludo produz. São também aconselhados para franjas (que têm mais tendência a ganhar oleosidade, independentemente do tipo de cabelo) e até há quem defenda que podem ser usados logo após a lavagem para que a aderência da sujidade ao longo das horas seja menor. Suponho que também são boa solução para certos tipos de viagem - ou para acampar, se forem esse tipo de pessoas que eu não compreendo...

Como utilizar? Basta agitar a embalagem, pulverizar o cabelo a certa distância, em várias linhas da raiz (cada embalagem traz instruções) e pentear para nos livrarmos do pó branco que é normal ficar no cabelo aquando da pulverização (são os agentes que atuam). 
No fim estão de aspeto fresco e fofo.

Tenho usado o champô seco de aveia da Klorane, por um motivo de conveniência - vende-se no Continente, na Well's, a 11.50€ (e ainda tenho algum desconto em cartão), mas sei que há muito mais variedades e mais barato também. Aliás, o melhor de todos que usei, foi surripiado à minha irmã e é uma embalagem vermelha da Schwarzkopf que se compra em lojas especializadas em produtos capilares (não sou a única a aconselhar). Aconselhem-se com o/a vosso/a cabeleireiro para mais informações ou leiam artigos online sobre o assunto como este ou este. Mas garanto que não se vão arrepender. 

 

Schwarzkopf.jpg

 

Como não perder pitada dos meus blogs favoritos

Há muito boa gente que gosta de ler blogs mais do que de pãezinhos quentes com manteiga. Acho que tem qualquer coisa a ver com os blogs não terem tantos hidratos.
Quando comecei a seguir blogs não passavam de uma mão cheia deles e portanto a coisa estava fácil de controlar. Digitava "apip..." e a minha barra de navegação já sabia que eu queria ir espreitar sobre a mais doce.  Mas hoje em dia tenho mais blogs debaixo d'olho que a Angelina Jolie tem crianças para adotar. E pipocas há muitas. Portanto tive de me atualizar. 


Se não querem perder pitada do Aprender uma coisa nova por dia, do Maria das Palavras ou qualquer outro blog de qualidade inferior (hehehehe) sigam uma destas sugestões:

 

1) Favoritar. Esta é a menos dinâmica, mas ainda assim há quem prefira. Quer usem Internet Explorer (hahaha! ainda?), Firefox (geeeeeeks), Safari (seus snobs) ou Chrome (pessoas perfeitas como eu) há sempre uma opção para adicionar sites aos favoritos e podem criar uma pasta específica para blogs. Quando têm um bocadinho, vão dar a volta. Mas têm de ir a todos os que tiverem na lista, enquanto as soluções seguintes vos entregam logo de bandeja os blogs onde há novos textos.

 

2) Bloglovin. Eu sou suspeita, mas como é o que uso acho que é a melhor opção. Adicionam-se os URL dos blogs que gostamos, todos aos molho ou organizados por pastas, e quando visitamos a plataforma (no computador ou via aplicação mobile) estão lá por ordem cronológica - do mais recente ao mais antigo - os posts que entretanto saíram. Também podem adicionar os posts que mais gostarem de ler ou os mais úteis aos favoritos do Bloglovin (que também podem organizar por pastas) e assim não perdem o tino aos vossos textos preferidos. Pelo menos em Chrome, tem ainda uma extensão que podem instalar e que vos mostra num cantinho do ecrã quantos posts novos têm para ler a cada momento. A mal da produtividade, claro.

 

Bloglovin

 

3) Feedly. Funciona mais ou menos como o Bloglovin: adicionam blogs para seguir e depois têm lá tudo reunido. Não conheço tão bem, mas ha muita gente que prefere. Tal como o anterior também dá sugestões relacionadas com as áreas que vos interessam ou blogs que já seguem e é muito fácil de usar.

 

Feedly

 

 

4) Leituras do Sapo. Esta só vale para o pessoal cá do bairro Sapo Blogs mas é bem catita - já estou a ver-nos a saltar, agarrados pelos ombros a gritar o cântico: E QUEM NÃO SALTA NÃO É DO SAPOOOOO. Se seguem o perfil de bloggers do Sapo os seus posts vão aparecer automaticamente na área de Leituras e depois é só ir lendo por ali abaixo. O blogger também tem uma lista de leituras semelhante mas eu não confio neles, porque antes usava para este efeito de seguir sites e blogs uma plataforma do Google que era bem gira e eles acabaram com ela sem me pedir permissão.


Outras opções haverá e conto com as vossas muy apreciadas sugestões, mas o importante é que estejam sempre a par das últimas novidades dos vossos cantos favoritos. Isto se não tiverem nada melhor para fazer...como estudar ou aspirar a casa.

 

O que a farmacêutica uniu, o homem não deve separar

Não é aconselhável que se dividam os comprimidos a meio se não têm claramente um sulco a dividi-los (e não for um profissional a recomendá-lo). 

Comprimido

Porque não?

- Nem sempre as pessoas têm noção da dose adequada.
- Embora os dois lados do comprimido possam parecer iguais, não quer dizer que as substâncias estejam igualmente distribuídas.
- Há comprimidos difíceis de dividir, o que, mesmo com o uso de instrumentos adequados, pode resultar numa partição desigual ou lascas de comprimidos soltas.
- Nem todos os comprimidos podem dividir-se. Por exemplo, há cápsulas revestidas com substâncias que ajudam na libertação das substâncias do medicamento.


A divisão de comprimidos é algo que as pessoas fazem para “poupar” carteira e ingestão de fármacos, quando por exemplo têm uma dor que não acham que não justifica 1000 mg de paracetamol, mas é a única dosagem que têm à mão.

Contudo, a partição de alguns medicamentos pode, como vimos, prejudicar a sua eficácia e, portanto, sobretudo se este não estiver sulcado, e definitivamente se se tratar de um medicamento revestido, deve evitar-se esta prática.

Em caso de dúvida,  devem seguir-se sempre as instruções do médico ou farmacêutico.


Isto era algo que eu sabia vagamente e me vi confrontada a descobrir provas quando um amigo duvidou de mim. Foi aqui (mas com validação de muitos outros sites) que pude confirmar a informação constante neste post e completei-a com as desvantagens enumeradas pela FDA .
As doutoras de serviço que se apresentem e digam lá se não é assim mesmo. 

Porque é que o bocejo se pega?

Vivia há muito tempo com esta questão...ouvia dizer que se alguém de quem gostamos muito boceja, nós imitamos - se não gostarmos da pessoa não acontece. Ora, como eu tenho a certeza que não gosto particularmente daquele desconhecido meio sujo que ontem bocejou à minha frente no metro e me fez bocejar também...tirei a questão a limpo.

Em primeiro lugar, não há uma concordância científica em relação à origem do bocejo, apesar de ser normalmente associado ao cansaço. A teoria mais comum é de que é um movimento involuntário causado pela falta de oxigénio. Significa que ocorre quando:

  • Os nossos músculos não estão bem relaxados e portanto os sacanas dos pulmões não estão a fazer o oxigénio chegar bem, bem, bem a todo lado e nas melhores condições. Isto pode querer dizer que precisamos de mais exercício (sintam-se à vontade para ignorar esta parte).
  • O ambiente em que estamos precisa de mais ventilação e portanto não ajuda a suprir as nossas necessidades de oxigénio.

 

Assim, o bocejo é um reflexo que nos põe o sangue a circular, oxigenando os canais todos, abrindo-os. Basicamente, ajuda os pulmões a distender os alvéolos - tal como o faz um bom suspiro. Serve ainda de excitante quando estamos sonolentos, o que se pode tornar bem útil. Mas atenção, não se ponham a bocejar à frente do chefe com a desculpa que estão a fazer exercícios de oxigenação para ficarem mais produtivos.



Então, afinal, porque se pega o bocejo?

Por um motivo que não tem nada a ver com isto do oxigénio, mas que é inerente ao ser humano. Um outro reflexo, cortesia do nosso cérebro, mais especificamente do córtex pré-motor e uns simpáticos de uns tipos chamados neurónios-espelho. A questão é que o ser humano, por causa destes meninos, tem tendência para imitar tudo o que vê. É verdade! Se não fosse a existência de um outro córtex, o pré-frontal, éramos todos mimos de profissão. Assim, só imitamos os reflexos mais involuntários, que envolvem a amígdala e o hipótalamo. E só o facto de ser ler a palavra BOCEJO pode despoletar esse reflexo. Já estão a bocejar? Quero ver mãozinhas no ar.

Bocejar

 

Continua a haver alguns estudos que sugerem que tem a ver com a empatia com a pessoa que se vê bocejar, mas vou ignorar esses, visto que não me apetece nada admitir que tenho uma ligação emocional com o tal senhor do metro.


E pronto, isto foi o que aprendi sobre o bicho-bocejo e espero que tenham aprendido qualquer coisa com este texto também. Caso tenham formação médica ou ciêntífica  e eu tenha dito algum disparate, façam favor de corrigir - sem apontar o dedo, que é feio.