Estes factos foram recolhidos no site da Alzheimer Portugal (onde podem obter muito mais informação) com o apoio de uma porta-voz da instituição. Claro que os comentários parvos são meus. Mas nada como usar o humor para aligeirar uma situação que de ligeira não tem nada. São dez factos importantes. A saber:
Ninguém tem Alzheimer.
O que as pessoas têm (infelizmente) é a doença de Alzheimer. O Alzheimer é o senhor Alois Alzheimer que identificou a doença em 1908. Por isso “ter Alzheimer” seria ter o senhor lá em casa – ora o homem até já morreu e a família podia não gostar muito disso. Como já foi em 1915 que morreu, aposto que vocês também não iam adorar.
É o tipo mais comum de demência.
50 a 70% dos casos de demência são de Doença de Alzheimer. Pelo que, pelo menos, devíamos saber dizer o nome corretamente...
Não é tão hereditária como pensamos...
A forma mais comum da Doença de Alzheimer, afeta pessoas independentemente de haver casos na família ou não e até à presente data o único fator de risco evidente para o desenvolvimento desta doença parece ser a existência prévia de um traumatismo craniano severo. Há um gene apenas identificado como estando associado à doença (ApoE14) e que portanto pode ser transmitido de pais para filhos, mas também pode ser transmitido sem que a doença se venha a manifestar (o que acontece em metade dos casos). Neste caso, nem estamos a falar do tipo mais comum de Doença de Alzheimer, mas de um tipo que se desenvolve entre os 40 e os 60 anos e que apresenta um número reduzido de casos face à Doença de Alzheimer mais comum que surge a partir dos 65.
O esquecimento não é o único sintoma.
E se eu disser que os sintomas incluem, por exemplo, coisas simples e que não associamos normalmente à doença, como: apresentar um discurso vago durante uma conversa, perder entusiasmo na realização de atividades anteriormente apreciadas ou demorar mais tempo na realização de atividades de rotina? Faz-nos querer estar um bocadinho mais atentos, não é?
Pode ser confundida com depressão ou...carências nutricionais!
É verdade...não tem um diagnóstico tão direto como pensávamos, pois não? As pessoas começam a ficar esquecidas e já está...Só que não! O diagnóstico, que importa ter o mais cedo possível, é obtido através de uma série de exames e análise da pessoa e do seu historial. E 100% de certezas, só mesmo após a morte, ao observar o tecido cerebral.
Ter diabetes, colesterol, tensão alta...são fatores de risco.
Não basta não ser tão genético como pensávamos: a verdade é que podemos fazer alguma coisa para não alimentar esta doença. Uma dieta equilibrada e exercício físico podem ser chave (normalmente só ouvimos falar em exercícios mentais, mas o Sudoku não é mais importante que o “mexer o cu”). Não há nada que possa prevenir a doença de Alzheimer garantidamente (pelo menos identificado, até ao momento), mas o exercício físico e mental, bem como os bons hábitos alimentares, podem ajudar a reduzir o risco ou adiar o seu desenvolvimento.
Devíamos todos saber um bocadinho mais sobre isto.
A Demência afeta 1 em cada quatro pessoas a partir dos 85 anos. Tendo em conta que a esperança média de vida é cada vez maior há uma alta probabilidade de nós ou um dos nossos vir a sofrer com a Doença de Alzheimer. Nesse sentido todos deveríamos ter mais informação sobre a doença, desde os fatores de risco – que já vimos que estão longe de ser maioritariamente genéticos – aos sintomas, às formas de lidar com a doença.
As mulheres são mais afetadas.
As mulheres constituem entre dois terços e três quartos das pessoas com demência. O risco de demência duplica a cada 5 anos depois dos 65 anos, sendo a idade o maior fator de risco. A esperança média de vida é mais elevada nas mulheres, pelo que existe um maior número de mulheres com demência.
Não há cura.
Há medicação que pode ajudar a estabilizar a doença e a combater outros efeitos da mesma (como a depressão) mas a doença não regride, nem se cura. Pelo menos não até ao momento.
O Passeio da Memória é mais do que um passeio no parque.
O evento ocorre anualmente e em vários pontos do país e todos estamos convidados: não só doentes e cuidadores, mas toda a gente que encaixe na categoria “ser humano”. E agora que penso nisso, talvez até possam levar os vossos animais de estimação. É um importante momento de sensibilização para a doença, em torno da data em que se marca o Dia Mundial da Doença de Alzheimer (21 de Setembro) e de recolha de donativos, organizada pela Alzheimer Portugal. A inscrição/donativo são 5€ e podem juntar-se ao “Passeio” aqui. É a altura do ano em que se ouve falar mais da doença – e tendo em conta que é uma doença que pode afetar cada um de nós ou dos nossos familiares (nunca sabemos – não sou da política do medo, mas sou da política da informação-na-mão) talvez seja bom gerar todo o impacto possível. Vamos todos?
[Nota: Não é a primeira vez que se fala e Alzheimer por aqui. Ora espreitem. Este artigo também foi publicado no blog Maria das Palavras - achei que era de tal forma importante que nenhuma réplica seria demais. Partilhem também, se acharem que devem. Eu acho.]
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Tirar os sapatos à porta de casa é um hábito que não nos assiste a nós povos ocidentais mas, é uma prática muito comum na China e no Japão. Já nos deparámos com esta imagem nos filmes e nos desenhos animados que vão passando pelas nossas televisões.Os povos orientais fazem-no não só por uma questão de higiene mas também porque consideram que deixando o calçado fora de casa as más energias que transportamos da rua ficam aí mesmo, à porta.Muitos de nós ganhámos o hábito de entrar em casa e descalçar os sapatos deixando-os debaixo da cama ou na casa de banho e, essa prática é a mais acertada. Isto porque o chão da rua está infestado de milhares de bactérias com as quais as nossas solas entram em contacto, bactérias essas que nós transportamos e que levamos para casa. Ao entrar em casa e andar com o calçado da rua estamos literalmente a minar o chão da nossa casa. Uma das bactérias mais comuns transportadas nas solas dos sapatos é a Escherichia Coli que pode causar diarreia, infeção urinária, doença respiratória e até pneumonia.Ficam aqui algumas dicas para minimizar os riscos:1 – Lavar as solas dos sapatos regularmente com água e sabão.2 – Criar um “cantinho” específico da casa (preferencialmente na entrada) onde ficam arrumados todos os pares de sapatos.3 – Ter sempre pares de chinelos extra para quando os amigos mais chegados vão lá a casa.Com estas três medidas minimiza-se em 85% a sujidade trazida da rua, bactérias e outras coisas que contaminam não só o chão mas também o ar.
Se na semana passada falamos sobre a Afasia, uma das consequências de um AVC (por exemplo), esta semana iremos observá-la. Uma coisa é falarmos das suas características, outra coisa é observarmos a pessoa com Afasia. Muitas vezes o primeiro impacto com pessoas com Afasia faz com que não saibamos reagir, pois a teoria é uma coisa e a prática é outra. Lembro-me perfeitamente de nas aulas os professores nos prepararem para esse desafio, contudo não impediu o meu 'choque' quando observei pela primeira vez num senhor de 43 anos com uma Afasia de Wernick. Mais que o conhecimento teórico é preciso ver e saber lidar com uma pessoa com Afasia e hoje é o que vamos fazer.
Podemos ainda fazer outro exercício: Limpem a vossa mente e vejam o primeiro dos vídeos, o que fariam se um dia acordassem e as palavras que queriam dizer não vos chegassem à boca? O que fariam se olhassem para uma pessoa e não percebessem nada do que diziam? E se vocês mesmos conseguissem aperceber-se de que tudo o que diziam não fazia sentido? É algo assustador, mas a verdade é que há milhares de pessoas que lidam com isso todos os dias e o Terapeuta da Fala auxilia na aprendizagem de um novo método de comunicação ou na melhoria das capacidades para a comunicação.
Afasia de Wernick, não há paragens do discurso, no entanto a senhora tem imensas dificuldades de compreensão como se pode observar com a falta de respostas às perguntas feitas, nem realiza as tarefas pedidas. Por vezes utiliza apenas uma palavra para executar a tarefa, 'Mostra-me como se dá um beijo', ela recorre só à palavra beijo para imitar. O vídeo é em inglês, mas as características são evidentes.
Afasia de Broca, é observável que a jovem sabe o que deve dizer mas não se lembra das palavras, a Sarah compreende o que lhe dizem, mas não consegue verbalizar a resposta em tempo imediato, não mantendo um discurso fluente. É como se as palavras não lhe formassem no cérebro. Reparem nas pausas que faz e nos 'hummm' que faz para pensar na palavra que quer dizer.
Afasia Global, semelhante à Afasia de Broca. A terapeuta questiona onde estão, responde no parque. O senhor compreende, mas não consegue responder nem repetir o que lhe dizem, a leitura e a escrita encontram-se também afectadas.
Afasia de Condução, vejam que a senhora percebe a tarefa que tem de fazer, contudo a meio da tarefa erra e não consegue retomar o exercício, apercebendo-se da falha. É como se a informação entre o cérebro e a boca se perdesse pelo caminho.
Afasia Anómica, reparem que o senhor não parece ter qualquer problema de linguagem e fala, O discurso é fluente, percebe as questões e consegue expressar-se, o problema da Afasia Anómica é que é facilmente camuflada, pois a única dificuldade que o senhor refere é que quando quer fazer um pedido, por exemplo num restaurante, não consegue dizer as coisas e demora mais tempo e por vezes os empregados ficam sem paciência. Ou seja, o que ele não consegue fazer é dar nome às coisas, bastava mostrar-lhe cartões com imagens e essas dificuldades seriam evidentes.
Acho que hoje foi mais fácil para perceberem o que é uma Afasia, afinal ver é mais fácil de compreender, mas mais difícil de lidar com estas situações. Pois lembrem-se, até 'ontem' estas pessoas tinham uma vida completamente normal.
A mononucleose infecciosa, também conhecida como doença dobeijo, é uma doença contagiosa, causada por um vírus da família do herpes, denominado de vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva. Os jovens entre os 15 e 25 anos são as principais vitimas deste vírus. Os sintomas da mononucleose são febres, dores de garganta e aumento do baço, podendo corromper, criando hemorragias.
A sua forma de transmissão é feita através de saliva, não só a partir do beijo, mas também a partir da tosse, espirro e objectos como copos ou talheres que não estejam devidamente lavados, podendo haver contacto com a saliva de alguém contaminado.
Tal como o vírus da sida, o Epstein-Barr leva muito tempo até ser manifestado, portanto muitos dos seus portadores podem transmiti-lo sem saber que o têm.
Na maior parte dos casos, as pessoas têm o primeiro contacto com o vírus durante a sua infância. Esta infecção passa despercebida porque o vírus da mononucleose não costuma causar doença quando transmitido ainda em criança.
Os casos de mononucleose na adolescência ocorrem somente aos que não foram contaminados durante a infância. Ao contrário do que ocorre nas crianças, nos adolescentes e adultos, a mononucleose costuma causar os sintomas clássicos, referidos acima.
Este vírus é menos contagioso do que o vírus da gripe, daí poder haver o contacto com pessoas contagiadas e não ficarmos contagiados.
Quanto ao seu tratamento, não há uma forma específica para tal. É aconselhável aos portadores deste vírus ficarem de repouso cerca de 2 semanas e evitar actividades que necessitem de muito esforço físico. Pode levar até 2 a 3 meses para recuperar totalmente.
Para aliviar a dor de garganta, os pacientes devem beber agua, sumo de fruta, desde que não seja de laranja e ingerir comidas leves. O paracetamol pode ser uma grande ajuda.