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Aprender uma coisa nova por dia

Nem sabe o bem que lhe fazia

Doença do Beijinho

 

 

 

 

A mononucleose infecciosa, também conhecida como doença do beijo, é uma doença contagiosa, causada por um vírus da família do herpes, denominado de vírus Epstein-Barr, transmitido através da saliva. Os jovens entre os 15 e 25 anos são as principais vitimas deste vírus. Os sintomas da mononucleose são febres, dores de garganta e aumento do baço, podendo corromper, criando hemorragias.

A sua forma de transmissão é feita através de saliva, não só a partir do beijo, mas também a partir da tosse, espirro e objectos como copos ou talheres que não estejam devidamente lavados, podendo haver contacto com a saliva de alguém contaminado. 

Tal como o vírus da sida, o Epstein-Barr leva muito tempo até ser manifestado, portanto muitos dos seus portadores podem transmiti-lo sem saber que o têm. 

Na maior parte dos casos, as pessoas têm o primeiro contacto com o vírus durante a sua infância. Esta infecção passa despercebida porque o vírus da mononucleose não costuma causar doença quando transmitido ainda em criança. 

Os casos de mononucleose na adolescência ocorrem somente aos que não foram contaminados durante a infância. Ao contrário do que ocorre nas crianças, nos adolescentes e adultos, a mononucleose costuma causar os sintomas clássicos, referidos acima. 

Este vírus é menos contagioso do que o vírus da gripe, daí poder haver o contacto com pessoas contagiadas e não ficarmos contagiados.

Quanto ao seu tratamento, não há uma forma específica para tal. É aconselhável aos portadores deste vírus ficarem de repouso cerca de 2 semanas e evitar actividades que necessitem de muito esforço físico. Pode levar até 2 a 3 meses para recuperar totalmente.

Para aliviar a dor de garganta, os pacientes devem beber agua, sumo de fruta, desde que não seja de laranja e ingerir comidas leves. O paracetamol pode ser uma grande ajuda. 

 

Porque é que o bocejo se pega?

Vivia há muito tempo com esta questão...ouvia dizer que se alguém de quem gostamos muito boceja, nós imitamos - se não gostarmos da pessoa não acontece. Ora, como eu tenho a certeza que não gosto particularmente daquele desconhecido meio sujo que ontem bocejou à minha frente no metro e me fez bocejar também...tirei a questão a limpo.

Em primeiro lugar, não há uma concordância científica em relação à origem do bocejo, apesar de ser normalmente associado ao cansaço. A teoria mais comum é de que é um movimento involuntário causado pela falta de oxigénio. Significa que ocorre quando:

  • Os nossos músculos não estão bem relaxados e portanto os sacanas dos pulmões não estão a fazer o oxigénio chegar bem, bem, bem a todo lado e nas melhores condições. Isto pode querer dizer que precisamos de mais exercício (sintam-se à vontade para ignorar esta parte).
  • O ambiente em que estamos precisa de mais ventilação e portanto não ajuda a suprir as nossas necessidades de oxigénio.

 

Assim, o bocejo é um reflexo que nos põe o sangue a circular, oxigenando os canais todos, abrindo-os. Basicamente, ajuda os pulmões a distender os alvéolos - tal como o faz um bom suspiro. Serve ainda de excitante quando estamos sonolentos, o que se pode tornar bem útil. Mas atenção, não se ponham a bocejar à frente do chefe com a desculpa que estão a fazer exercícios de oxigenação para ficarem mais produtivos.



Então, afinal, porque se pega o bocejo?

Por um motivo que não tem nada a ver com isto do oxigénio, mas que é inerente ao ser humano. Um outro reflexo, cortesia do nosso cérebro, mais especificamente do córtex pré-motor e uns simpáticos de uns tipos chamados neurónios-espelho. A questão é que o ser humano, por causa destes meninos, tem tendência para imitar tudo o que vê. É verdade! Se não fosse a existência de um outro córtex, o pré-frontal, éramos todos mimos de profissão. Assim, só imitamos os reflexos mais involuntários, que envolvem a amígdala e o hipótalamo. E só o facto de ser ler a palavra BOCEJO pode despoletar esse reflexo. Já estão a bocejar? Quero ver mãozinhas no ar.

Bocejar

 

Continua a haver alguns estudos que sugerem que tem a ver com a empatia com a pessoa que se vê bocejar, mas vou ignorar esses, visto que não me apetece nada admitir que tenho uma ligação emocional com o tal senhor do metro.


E pronto, isto foi o que aprendi sobre o bicho-bocejo e espero que tenham aprendido qualquer coisa com este texto também. Caso tenham formação médica ou ciêntífica  e eu tenha dito algum disparate, façam favor de corrigir - sem apontar o dedo, que é feio.