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Aprender uma coisa nova por dia

Nem sabe o bem que lhe fazia

o que têm em comum todas estas imagens?

* ponte Storseisundet, na Noruega, que liga o continente Romsdal com a ilha de Averøya.
Ponte Storseisundet, na Noruega


*mulher a discursar
Mulher no tapete magico


* luz, globo ou lua?
globo de luz


* gato eléctrico.
gato ligado


* olha uma cara.
rosto sorridente

* olha o almoço.
camelo engolindo uma mulher


* terá asas?
tenda armada sobre a neve


* oi? montagem?
tatame de competições


*coragem, hum?
menino está fazendo carinho no tigre

 
e então? o que veem é o que realmente lá está?
não!
são as chamadas ilusões de óptica que levam a que  o sistema visual humano se engane, assumindo ver qualquer coisa que não está presente ou ainda fazendo-nos ver (essa mesma coisa) de um outro modo.
 
então? viram o que viram ou o que acharam que viram?

Verão de S. Martinho

 

Por estes dias, devido às temperaturas altas e ao calor que se faz sentir, ouve-se muito a frase "É o verão de S. Martinho". Todos os anos, nesta época, quando os raios de sol espreitam a frase é sempre a mesma e este ano podemos dizer que é mesmo verão.

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 (imagem retirada na net)

 

O Dia de S. Martinho comemora-se no dia 11 de novembro e a sua lenda (relacionada com o verão de S. Martinho) diz-nos que num dia de tempestade, ia S. Martinho, valente soldado, montado no seu cavalo, quando viu um mendigo, quase nu, tremendo de frio e que lhe estendia a mão.
S. Martinho, parou logo o cavalo e pousou a sua mão carinhosamente na mão do pobre. Em seguida, com a sua espada cortou ao meio a sua capa de militar, dando metade ao mendigo.
Apesar de mal agasalhado e de chover muito, o cavaleiro continuou o seu caminho, cheio de felicidade.
Mas, de repente, a tempestade passou. O céu ficou limpo. E um sol brilhante encheu a terra de luz e de calor.
Para que não se apague da memória de todos nós este acto de bondade, praticado pelo cavaleiro, diz-se que, nessa mesma época, cessa por alguns dias o tempo frio, o céu fica azul e o sol reaparece quente e brilhante.
É o Verão de S. Martinho.

 

Além da lenda são muitos os provérbios que também se ouvem, nesta época do ano, relativos ao S. Martinho:

 

Em dia de S. Martinho, vai à adega e prova o vinho

No dia de S. Martinho, lume, castanhas e vinho

No dia de S. Martinho mata o teu porco e faz o teu vinho

No dia de S. Martinho, abre o teu pipo e prova do teu vinho

No dia de S. Martinho, assa as castanhas e molha-as com vinho

No dia de S. Martinho, encerra o porquinho, souta o soutinho e prova o teu vinho

No dia de S. Martinho, fura-se o pipinho, mas quem for honrado já o deve ter furado

Pelo S. Martinho, abatoca o teu vinho

Pelo S. Martinho, comem-se as castanhas e prova-se o vinho

Pelo S. Martinho, deixa a água para o moinho

Pelo S. Martinho, mata o porco e semeia o cebolinho

Pelo S. Martinho, nem nabo, nem cabacinho

Pelo S. Martinho, prova o teu vinho; ao cabo de um ano já te não faz dano

Pelo S. Martinho, semeia a fava e o linho

Por S. Martinho, todo o mosto é bom vinho

Por S. Martinho, nem favas nem vinho

Queres espantar o vizinho? Lavra e estruma no S. Martinho

Se o Inverno não erra o caminho tê-lo-eis no S. Martinho

Vindima em Outubro que S. Martinho to dirá.

 

Porque não cantas?

Quantos de nós não ficaram já intrigados quando ouvem um gago a cantar sem gaguejar?

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Este facto está provado cientificamente, mas, antes de lá chegarmos, vamos, primeiro, perceber o que é a gaguez e porque é que ela acontece.

A gaguez é uma ruptura na fluência da expressão verbal, que se caracteriza por repetições ou prolongamentos involuntários de sons e sílabas numa frase, quando se fala espontaneamente.

Quando falamos normalmente o hemisfério cerebral mais activo é o esquerdo.

E é aqui que reside o mistério.

Quando cantamos, utilizamos mais o hemisfério direito do cérebro, no qual se concentram as habilidades artísticas. Ajuda também o facto de que, quando cantamos (ainda que cantemos mal) há uma maior sincronia entre os sistemas auditivo e nervoso e o sistema pré-motor lateral, responsável por tarefas de fala não-espontânea.

 

(Fonte1 e Fonte 2)

 

republicação: depressão

não creio que haja muita gente, nos dias que correm, a achar que a depressão é coisa de meninos, gente sem nada para fazer ou pessoas que não batem bem da cabecinha. no entanto, também não acreditava que houvesse alguém a dizer que o sol anda à volta da terra e eis que me surpreendo com tamanhas alarvidades pelo que, enfim, nunca é demais esclarecer.

este post não vai incidir sobre causas ou tipos de depressão (era coisa para vários capítulos) mas sim, unicamente, sobre como é sentir-se deprimido. e quem vos escreve fala com conhecimento directo de causa.

na verdade, para conseguir esclarecer alguém que nunca passou por uma "cena" destas costumo fazer um exercício simples (não resulta muito bem se estivermos a fazer isto numa noite de copos): consegues lembrar-te mais ou menos da dor que sentiste no pior momento da tua vida? como as entranhas se contorciam, o corpo parecia revoltar-se ao respirar, a dor invadia o espírito? consegues? agora imagina o que é sentir isso durante todo o tempo. todo o dia, todos os meses, até mesmo anos. sem uma pausa. sempre.

isso é estar deprimido.

estar triste é mau mas não comparável sequer com a depressão. dizer-se "ah, está triste, coitado, está deprimido" é uma falácia incrível porque na verdade todos nós já nos sentimos tristes um dia ou outro e ultrapassamos. acreditarmos que isso é a depressão faz com que levemos menos a sério os doentes, achando-os dramáticos sem motivo. é que normalmente, quando as pessoas estão tristes mantêm ainda o respeito por si próprias, sentem-se melhor depois de chorar, tendem a confiar nos outros para os seus desabafos. e isso ajuda. já quando estamos deprimidos o respeito por nós mesmos diminui, fartamo-nos de chorar mas a dor só aumenta e sentimo-nos num mundo à parte, e.ts de outra galáxia porque ninguém parece compreender a nossa dor por mais que expliquemos. eventualmente acabamos por desistir.

estar deprimido é como cair num buraco negro vazio. e quando a depressão vai aparecendo lentamente, sem uma razão óbvia para o mundo, este sentimento de cair pode ser tão lento que parece que estamos a ver isso acontecer, como uma aranha na banheira a ser empurrada para o ralo pela água, tudo fugindo ao nosso controlo.

no inicio é normal debatermo-nos, não acreditando que realmente as coisas estão a acontecer. voltamos a tentar fazer as coisas que antes faziam sentido, num esforço de controlar os sentimentos. algumas pessoas nem têm força para o fazer deixando-se empurrar para o ralo, juntamente com toda a sujidade e os cabelos.

depois deixamos de nos importar com coisas que antes faziam o nosso mundo. tentamos convencer-nos que são importantes, ainda, mas não são. começamos a achar que o melhor é suicidar-nos e acabar com tudo. torna-se um alivio imaginar dias, horas, maneiras de o fazer, como a única coisa que porá fim áquele sentimento de dor horroroso. sabemos que não podemos fazê-lo porque as pessoas que nos amam não deixam. nessas alturas começamos a desejar ter uma doença qualquer terminal para termos jusitificação para desistir da luta sem pôr em causa o amor pela familia e amigos.

sentimo-nos cansados, apáticos, aborrecidos da vida e tudo é um tormento. os dias de sol ou chuva são iguais a longas horas de angústia e dor. nada nos alegra, nada nos distrai. estamos perdidos dentro de um labirinto de desespero. não conseguimos sentir mais nada que não isso. estamos exaustos, desesperados, impotentes, sozinhos, demasiados cansados para sentir.

é por isso que devemos pensar bem sempre que nos pomos, do alto da nossa ignorância e arrogância a julgar quem se suicida ou quem se tenta suicidar. não temos capacidade de saber o que faríamos na situação da pessoa que o decidiu. achamos que sabemos o que fariamos na alta compreensão de nós mesmos.

mas não sabemos.

não temos como saber. somos demasiado humanos e como tal cheios de falhas, incompreensão e falta de sabedoria para pudermos julgar ou sequer tentar perceber o que leva alguém a acabar com a dor que era a sua vida.

e não. não chamemos deus (assim, com letra minuscula), a religião ou outras coisas bonitas para avançarmos o que a ou b deve fazer. as decisões de cada um são tomadas pelas circuntâncias e vida de cada um. e a depressão é uma circunstância tão grande que pouca gente está habilitada a compreendê-la.

a depressão dói. mata. dilacera. é grave.

sejamos por isso mais compreensivos para quem morre ou sobrevive com ela.

 

fonte: guia elementar depressão, Sue Breton

Quem gosta de Dióspiros?

 

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Ou se ama ou se odeia.

Eu adoro Dióspiros e ainda por cima acabadinhos de apanhar da árvore? Tão bom...

O Dióspiro é um fruto do Outono e é rico em hidratos de carbono, principalmente a frutose, tem bastante fibra solúvel (a pectina), tem vitamina A, C, B6 e B12.

É um alimento com excelentes propriedades anti-oxidantes e anti-cancerígenas.  O caroteno, as fibras, o potássio, magnésio e o ferro presentes no fruto, promovem a saúde dos olhos,da pele, dos intestinos e dos ossos, controlando a hipertensão arterial e o colesterol. Fortalece o baço e é recomendável a pessoas fragéis e deprimidas, dado o elevado teor em vitamina B. 100 gr tem aproximadamente 70 kcal.

Em Portugal encontramos facilmente 2 variedades desta fruta, os taninosos ou  adstrigentes e os não-taninosos ou não adstrigentes. Os taninosos são os da fotografia que coloquei em cima,são vermelhos, a sua polpa é mole, e são comidos à colher. Quando ainda não estão maduros o seu sabor é adstrigente e ficamos com um sabor amargo e áspero na língua. Os não-taninosos são os que encontramos nos supermercados, amarelos, menos doces e podem ser comidos à dentada, como uma maçã, pois têm uma polpa firme.

É um fruto com excelentes propriedades nutricionais e é, sem dúvida, um néctar dos deuses.