Tradições estranhas/perigosas
Há tradições por esse mundo fora - religiosas e/ou culturais - que, a nós, europeus, não lembram ao Diabo (passe-se a expressão). Algumas destas tradições colocam em risco a vida de quem as pratica mas, ainda assim, continuam a existir.
Antes, um aviso. Algumas das fotos podem ferir susceptibilidades.
Luto de Muharram
Esta festa celebrada pelos muçulmanos xiitas marca a morte do imã Hussein, morto durante uma batalha em 680 e celebra-se no décimo dia do mês de Muharram (primeiro mês do calendário islâmico). Para os xiitas, a Ashura é um momento de luto e reflexão.
O túmulo do imã Hussein, em Kerbala, é local de peregrinação durante estes dias. Apesar da violência que representa a autoflagelação - alguns dos peregrinos cortam a cabeça com lâminas e o sangue abunda - as crianças também participam.
Lançamento do bebé
Na Índia, na primeira semana de Dezembro, pais muçulmanos e hindus reúnem-se em Solapur, na província de Maharastra para atirar os seus filhos recem nascidos do cimo de uma torre a uma altura de mais de dez metros para que tenham sorte, saúde e prosperidade, caindo sobre um pano branco esticado, próximo do chão, e que parece uma cama elástica.
Estes pais acreditam que esta queda fortalece as crianças...
Corte do dedo
Na Nova Guiné, na tribo Dani, quando alguém morre, os familiares, durante as cerimónias, cortam os dedos de uma das mãos como demonstração da dor que sentem pela morte. Para além disso, ainda colocam argila e cinzas na cara.
A dança dos mortos (Famadihana)
Festival tradicional popular, que se realiza a cada sete anos, entre as comunidades tribais de Madagáscar. As pessoas retiram os corpos dos seus antepassados das criptas familiares, embrulham-nos em panos novos e depois dançam com os cadáveres, em redor do túmulo com música ao vivo.
Ritual de sepultamento Yanomami
Ritual praticado pela tribo Yanomami (Brasil e Venezuela).
Para que os mortos tenham paz eterna, os Yanomamis queimam os corpos e depois misturam as cinzas com sopa de banana, sendo que, depois, esse preparado é bebido pelos familiares mais próximos.
Luvas de formiga
Este ritual é praticado na tribo Satere-Mawe na Amazônia.
Após a captura das formigas balas (considerado o insecto com a picadela mais dolorosa do mundo), estas são adormecidas pelo feiticeiro. Mais tarde, mas ainda a dormir, são colocadas numa luva de malha tecida com o ferrão no interior.
Quando acordam e dão conta que estão presas, estas formigas tornam-se agressivas. É nesta altura que os rapazes mais novos tem de colocar as luvas nas mãos e aguentar as picadelas durante 10 minutos (mais ou menos) enquanto o resto da tribo dança para tirar a mente da dor. Só após 20 rituais destes é que os jovens provam que são guerreiros.